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Década de 40, superação

  • Rilmer Paula
  • 22 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura


A Segunda Guerra Mundial começou na Europa. Paris com todo o seu glamour e estilistas famosos, nesta década começou a entrar em crise no ramo da alta costura. Devido ao ataque dos alemães, a maioria dos estilistas se mudaram, houve racionamento na compra de tecidos para fabricação das roupas, mas mesmo com tantas limitações a moda superou a crise e sobreviveu à guerra. Um aliado foi fundamental para isso, o estilista francês Lucien Lelong, que preparou um relatório para que as maisons continuassem no lugar de origem, em seu próprio país. Em meio a tanta destruição ainda restavam força de vontade, criatividade e determinação. Tudo foi racionado, inclusive alimentos, além de aviamentos, couros, peles, acessórios primordiais para confecção em geral. Para se adequar a este período de crise e recessões, as mulheres começaram a recriar novos modelos dentro do que já tinham no guarda-roupas.

Com tantos conflitos e o início da Segunda Guerra Mundial em 1939, os anos 40, surgem com um estilo único no vestuário tanto para os homens, quanto para as mulheres o militarismo, ou seja, roupas mais apropriadas para o período de guerra ao qual estavam vivendo. As roupas ganharam formas militares com cores em tons verdes, beges e sépia. O corte bem definido, com a cintura mais acentuada e ombros largos com ombreiras. O tailleur surgiu como uma espécie de uniforme, porém todas as mulheres o adotaram como peça básica e fundamental compondo com uma saia reta e abaixo do joelho.



Nesta época destacaram alguns filmes com fortes tendências lançadas através dos seus figurinos como por exemplo, "Casablanca", (filme norte-americano de 1942 estrelado por Ingrid Bergman e por Humphrey Bougart, e "Gilda " (1946) por "Rita Rayworth" e "Glenn Ford".


Cenas do filme Casablanca: destaque para este vestido com saia godê e cintura bem definida, usado por Ingrid Bergman, atriz sueca ganhadora de 2 Oscars.

A elegância da camisa branca, sempre impecável. Peça fundamental no guarda roupas feminino.


Rita Rayworth: (17/10/1918-14/05/1987) nasceu no Broocklyn na cidade de Nova Yorque. Passou por uma transição de dançarina de cabaré para atriz, fazendo um grande sucesso no filme em questão "Gilda", além de outros durante sua carreira artística.

Belíssimo vestido tomara que caia com drapê e trespasse lateral. Vestido usado no filme "Gilda" criado pelo estilista francês por Hollywood "Jean Louis" em 1946.

Chapéu e taylleur, estilo masculinizado, com largas ombreiras mas com a sofisticação feminina..


Jean Louis; Hollywood costumer designer to the Stars. Nasceu em Paris no ano de 1907, se mudou para os Estados Unidos e se tornou um dos mais poderosos desenhistas de moda da sua geração. Arrasou quando desenhou o vestido nude para Marilyn Monroe (quando ela cantou "Happy Birthday" para o Presidente dos Estados Unidos) e os vestidos criados para o filme "Gilda". Foi nomeado por 13 vezes para a Academy Awards, vencendo uma vez em 1956, a Solid Gold Cadillac.


Cabelo: nesta década os cabelos estavam mais longos e com cachos.

Rita Hayworth

Carmem Miranda

Chapéus: um acessório super importante para valorizar e enriquecer o look, principalmente em um momento de crise e rescessão que comprometeu toda a sociedade nesta época. Também eram muito usados neste período, os turbantes. Como fonte de inspiração havia a cantora Carmem Miranda que ditava moda da cabeça aos pés, inclusive usando os belíssimos turbantes.



Sempre belíssima cantora latino americana mais famosa desde os anos 30, Carmem Miranda esbanjava criatividade em seus looks, inovando a cada aparição com diferentes turbantes e chapéus.

Noivas: vestidos discretos e belos, com saias godê, manga romântica e um singelo decote .

Rainha Elizabeth II com o Príncipe Philip (1947)

Moda masculina

Estilistas destaques:

Nina Ricci (14/01/1883 - 30/11/1970) costureira francesa de origem italiana, foi uma das designers mais famosas do seu tempo. Seu nome deu origem à marca da grife famosa "Nina Ricci", de roupas, perfumes e acessórios.

Nina Ricci via Vogue, vestido com calda estilo sereia.

Marcel Rochas: renomado estilista e perfumista francês, nascido em Paris em 1902 e falecido em 1955. Foi pioneiro ao criar um estilo de roupas mais despojado.

Lindo tomara que caia, com sobreposição e godê duplo na saia. Este modelo pode ser feito com tafetá, ou qualquer outro tecido mais armado. A saia é cortada no vies, a parte superior pode ser de renda francesa, renda chatilly rebordada, tule bordado ou o mesmo tecido também bordado, é claro.


Neste período, destacaram também os grandes estilistas da década de 30 que continuavam fazendo sucesso. Para a próxima postagem prometo falar mais sobre os maravilhosos fashion designers desta época e suas belas criações.


História da moda... Um up, um luxo!


 
 
 

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